terça-feira, 30 de abril de 2013

do lado de dentro do cesto




O caos me deixa feliz e a psicodelia de minha mente me atrai, como o efeito entorpecente de um doce, o timbre sonoro da guitarra, que clama pela calma da alma, a janela da liberdade, que eu encontro em cada nota, cada acorde, as várias faces da emoção, passado, presente, futuro, títulos, palavras, rótulos, sombras sem formas, lembranças vazias. O sabor do álcool, que seduz e conduz, com algo que não condiz, não preciso de argumentos, faço sempre meus momentos. Energia que contamina, contagia, na distância de todas as estrelas que não consegui alcançar, na triste saudade de alguém, de algo, alguma coisa... Assim, meio sem nexo, sem algum sentido, sentidos alterados, um sonho vivo. Até que a morte nos separe. Que a poesia siga correndo em minhas veias e a sede pela música continue. Nascemos para sermos selvagens, livres, sem bandeiras, sem credos, sem cabrestos. E a dúvida do que encontrar pela frente é que me motiva a continuar. O lado sombrio de histórias infantis, o escuro dos becos, o manto negro da noite. Cantigas de roda, na calçada. Paz.

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